Tenho estado sem estar,
quieto, de uma quietude que já não me conhecia, invariavelmente tudo voltará a ser o que tiver de ser. Este estado de anormalidade em que pautam os dias actuais revelam-se ser, o Ser que não se foi. Houveram liberdades que não se souberam integrar, usufruir, viver. Por estes dias, quero estar só com a liberdade que só a solitude conforta. Um habitar sem existir para o mundo. Em quarentena o mundo torna-se vasto no mistério de algo que se propaga sem se ver. Por estes dias apenas o sentir é de quem se sente. Já não há toque que afague o embalo das palavras, agora e cada vez mais parcas, neste estado de estar, sem se estar. 02 Maio/2020 ©Rui de Almeida Cardoso Comments are closed.
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